terça-feira, 18 de maio de 2010

A DITADURA ESTABELECEU-SE EM PARNAMIRIM

O Prefeito Maurício Marques, numa atitude antidemocrática, suspendeu o salário dos funcionários que aderiram ao movimento grevista, embora a greve tenha sido considerada legal pelas autoridades jurídicas. Imaginem se a justiça resolvesse bloquear os vencimentos do Sr. Prefeito, considerando todos os processos que ele responde na justiça? Ficaria ele anos sem salário. Nossa greve, Sr. Prefeito, não tem nenhuma conotação política, como o Sr. Insinua. A politicagem está nos milhares de cargos indicados por vereadores. Não importa qual o partido do Sr. prefeito. O que querem mesmo é fazer toda a população de idiota. E a senhora, secretária, diz-se democrática, que está para o diálogo e, no entanto, bate a porta na cara dos professores, demonstrando insensibilidade e incoerência com seus princípios ideológicos, uma vergonha para o seu partido.

Nós não estamos nem aí para a politicagem que Vossas Senhorias respiram; o que queremos mesmo é o cumprimento da lei e isso não aprenderam a fazer, mas aprenderam muito bem a viver à margem dela.


Existe uma máxima que diz: "Determinação judicial não se discute, cumpre-se”. Em Parnamirim, Os valores são invertidos. Aqui, o errado é que está certo. Nossa greve é declarada legal e, por isso, somos penalizados com a suspensão do nosso salário. Nem mesmo reivindicar nossos direitos podemos, já que os poderosos mandam e desmandam conforme os próprios interesses. O descumprimento da prestação de contas é apenas um dos seus desmandos. O que significa uma multa de R$2.500 por dia para a prefeitura de Parnamirim, que hoje se constitui no terceiro maior município arrecadador do estado? O coronelismo afronta as instituições sem ser incomodado.

O Sr. Prefeito está se lixando para a educação. Segundo ele, “Analfabeto passa mal, mas não morre.” Esse é o compromisso dele com as crianças e jovens parnamirinenses, sem dúvida, o segmento mais afetado. Afinal, quem ignora o fato de termos salas com teto de amianto com temperatura interna insuportável, ventilação precária, carência de ventiladores, bibliotecas entregues às baratas, salas de informática inativas ou inoperantes, merenda de qualidade discutível e prédios escolares entregues à sorte, aprendizagem não é prioridade. Nós não pensamos dessa forma; lutamos por melhorias nas condições de trabalho na educação e por um salário apenas justo. Seus familiares passam longe de uma escola municipal, não é mesmo, Sr. Prefeito. Neste momento, o Sr. e a secretária de educação não cogitam nas mais de mil famílias sem salário; contas atrasadas; supermercado por fazer. Você não perde por esperar, Sr. Prefeito. O Sr. apenas se esqueceu de que nós professores somos ótimos formadores de opinião.

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